Um novo estudo publicado na Revista de Toxicologia e Saúde Ambiental (Journal of Toxicology and Environmental Health), Parte B revelou que um produto químico prejudicial ao DNA foi descoberto em um adoçante artificial popular. O adoçante em questão é o sucralose, vendido sob a marca Splenda, entre outras, amplamente utilizado em produtos assados, gomas de mascar, gelatinas, sobremesas lácteas congeladas e refrigerantes.
O estudo analisou o sucralose-6-acetato, um composto solúvel em gordura produzido durante a digestão do sucralose, e examinou seus efeitos no corpo, especialmente no DNA. A exposição a esse composto causou danos ao DNA em células sanguíneas humanas, tornando-o genotóxico e capaz de quebrar as cadeias de DNA. Essas quebras não reparadas ou reparadas incorretamente podem levar ao câncer.
Além disso, o consumo de sucralose foi associado a problemas intestinais, como disbiose intestinal, que envolve desequilíbrio na composição bacteriana e alterações metabólicas.
Estudos mostraram que o consumo de sucralose pode aumentar o número de bactérias Blautia coccoides e reduzir o Lactobacillus acidophilus, o que pode ter consequências negativas, incluindo um possível vínculo com o diabetes tipo 2.
Outra preocupação é a síndrome do intestino permeável, em que o sucralose e o sucralose-6-acetato foram associados a danos nas junções estreitas entre as células do intestino, tornando a parede intestinal mais permeável. Isso permite que substâncias vazem do intestino para a corrente sanguínea, o que pode ter impactos muito negativos na saúde.
Além disso, análises genéticas revelaram que as células intestinais expostas ao sucralose-6-acetato apresentaram expressão aumentada de genes associados ao estresse oxidativo, inflamação e carcinogenicidade. O estresse oxidativo pode causar danos às células e está relacionado a condições graves, como diabetes, aterosclerose, pressão alta, doenças cardíacas e câncer.
É importante ressaltar que os produtos de sucralose prontos para consumo contêm pequenas quantidades de sucralose-6-acetato, uma impureza formada durante a fabricação do sucralose.
Essa descoberta levanta preocupações sobre os limites seguros de ingestão diária, já que mesmo uma única bebida adoçada com sucralose pode exceder os limites estabelecidos pelas autoridades regulatórias. Embora a FDA regule o uso de adoçantes nos Estados Unidos, é necessário reavaliar a segurança e o status regulatório do sucralose diante das evidências acumuladas de riscos significativos à saúde.
Os pesquisadores enfatizam a importância de evitar produtos que contenham sucralose e encorajam uma postura cautelosa em relação a esses adoçantes. É importante lembrar que qualquer tipo de adoçante artificial tem efeitos colaterais à saúde. Portanto, procure sempre opções naturais sem efeitos colaterais.
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